Em todo o Brasil, estima-se que cerca de dez milhões de pessoas tenham algum grau de perda na audição.
Por mais que um indivíduo não perceba a perda e não se veja como deficiente auditivo, muitos precisam aumentar consideravelmente o volume da televisão ou do rádio, e têm dificuldades para conversar a menos que o interlocutor fale mais alto.
Os principais fatores de risco para este quadro são a idade e certas doenças, que podem degradar a estrutura interna do ouvido.
Contudo, profissionais da área apontam que a perda auditiva devido à poluição sonora é cada vez mais comum, e tem sido diagnosticada cada vez mais cedo, por meio de exames com a audiometria.
A boa notícia é que, nos últimos anos, a indústria que cria aparelhos para proporcionar mais qualidade de vida a pessoas com esta condição tem avançado a passos largos.
Assim, têm surgido aparatos mais potentes e discretos, que melhoram de sobremaneira o bem-estar de quem os utiliza.
Confira, neste post, algumas novidades deste segmento:
Existem aparelhos mais discretos
Pese aos benefícios já comprovados, muitas pessoas diagnosticadas com perda na audição ainda resistem ao uso do aparelho auditivo.
Isto porque elas temem tanto o preconceito quanto os problemas estéticas, tendo em vista que os aparatos tradicionais são grandes, chamativos e requerem uma estrutura externa ao ouvido para funcionar.
Felizmente, estes dias estão contados. Atualmente, já existem no mercado versões mais discretas, como o aparelho auditivo transparente.
No caso dele, a estrutura externa é feita em material translúcido, de forma que não chama tanto a atenção.
Além disso, os avanços na tecnologia permitiram que fossem criados aparelhos totalmente internos, que dispensam a estrutura externa.
Já foram realizados testes com modelos com impressionantes 3,5 milímetros de espessura, praticamente invisíveis.
A desvantagem fica por conta da necessidade de realizar um procedimento médico para começar a usá-los: no caso dos aparelhos tradicionais, o próprio usuário pode colocá-los e retirá-los.
Há versões com baterias recarregáveis
Em alguns grupos de usuários, principalmente idosos, uma das principais queixas quanto a seus aparelhos é a dificuldade para trocar a bateria, tendo em vista seu tamanho diminuto.
Felizmente, o mercado já desenvolveu uma solução para isso: os aparatos com baterias recarregáveis.
Quem usa um aparelho auditivo siemens, por exemplo, pode contar com um objeto complementar, que deve ser conectado ao aparato durante a noite.
Assim, além de recarregá-lo, ele também realiza a desumidificação, fundamental para que ele seja mais durável.
Nem todo aparelho é para perda auditiva
O uso de aparelhos auditivos normalmente é associado a algum nível de perda da audição. Mas o que nem todos sabem é que há alguns aparatos desenvolvidos para pessoas com outros tipos de problemas.
Um deles é o aparelho auditivo para zumbido, direcionado a pessoas que sofrem deste mal.
Elas convivem com um ruído persistente, que pode lembrar o som de uma panela de pressão ou um apito, que pode ser causado por:
- Alterações no metabolismo;
- Distúrbios hormonais;
- Problemas cardiovasculares;
- Distúrbios circulatórios;
- Problemas auditivos.
Quando usado, este aparato minimiza este ruído, melhorando a qualidade de vida do portador.
Existem modelos a prova d’água
Usuários de aparelhos auditivos tradicionais precisam retirá-los para tomar banho, ou para entrar no mar ou na piscina.
Isto porque eles são extremamente sensíveis a qualquer grau de umidade, fator que pode prejudicar seu funcionamento.
Pensando em minimizar o transtorno, foram desenvolvidos modelos que podem ser usados até mesmo para mergulhos, desde que eles não ultrapassem um metro de profundidade.
Dependendo do aparelho, ele pode até ser usado para que o portador ouça música enquanto nada.
Assim como os demais aparatos modernos, ele é interno, muito discreto e requer um procedimento médico para sua colocação.
É possível controlá-los com o smartphone
Com a internet das coisas, a tendência é que um número crescente de objetos seja conectado à internet.
Isso permite que eles se conectem a eletrônicos como televisores, aparelhos de som e smartphones.
Os aparelhos auditivos não são exceção: já há modelos que podem se conectar com um smartphone.
De modo que, por meio de uma aplicação específica, o usuário seja capaz de configurar os sons captados conforme suas preferências.
Além disso, a tendências é que estes objetos possam ser conectados a cada vez mais itens.
Por exemplo: não é impossível pensar que, um dia, um aparelho auditivo possa se conectar a uma TV ou a um rádio, para que ele emita os sons provenientes deles diretamente no ouvido do usuário.