A gerontologia é a denominação específica para todos os estudos referentes a todos os aspectos do envelhecimento, envolvendo áreas biológicas, psicológicas, sociais e outras diversas áreas.
Dessa forma, ela se classifica como um campo científico e profissional que visa atender às questões que envolvem a velhice e tem como principal objetivo descrever e explicar todos os âmbitos do envelhecimento.
Por esse motivo, a gerontologia é de natureza multidisciplinar e interdisciplinar. O profissional dessa área possui, como principal missão, dar ao idoso a melhor qualidade de vida possível até o fim da sua vida.
Seja na área de psicologia, nutrição, serviço social, direito ou terapia ocupacional, qualquer um desses profissionais estão aptos para lidar com o envelhecimento e todas as suas questões, olhando o idoso como um todo.
O envelhecimento está muito ligado aos aspectos sociais e individuais, assim como às questões econômicas e ambientais. Assim, os fatores genéticos interferem apenas em 25% da possibilidade de mortalidade, sendo os outros 75% relativos aos hábitos sociais, estilo de vida e cuidados com a saúde.
Dessa forma, fica constatado que, com o auxílio de um profissional da área de gerontologia, o envelhecimento pode ocorrer de forma mais saudável, incluindo as informações sobre a prática de exercício físico e cuidados com a alimentação, por exemplo.
As pessoas que se preocupam em manter hábitos mais saudáveis conseguem envelhecer com mais qualidade de vida.
Já as pessoas que possuem hábitos ruins, não se alimentam de forma adequada e saudável, não praticam exercício físico, não fazem check-ups médicos regularmente, entre outros fatores, têm a chance de se tornarem idosos com a saúde debilitada e, muitas vezes, dependentes até de um cuidador.
O especialista em gerontologia atua em áreas como:
- Prevenção;
- Ambientação;
- Reabilitação;
- Cuidados paliativos.
O profissional de gerontologia pode intervir de forma a antecipar os problemas mais comuns que acometem os idosos, orientando a melhor forma a se seguir para envelhecer com qualidade.
Na ambientação, a orientação diz respeito a criar condições ambientais mais favoráveis para se tornar um idoso com qualidade de vida, visando todos os ambientes que as pessoas idosas frequentam.
Já a reabilitação envolve a intervenção quando há perdas reversíveis ou irreversíveis. Se elas forem irreversíveis, o profissional auxilia no desenvolvimento de condições que podem tornar o fim da vida mais digno e confortável.
Os cuidados paliativos possuem o objetivo de garantir que o idoso termine sua vida da melhor maneira possível, ou seja, são tomadas medidas que envolvem aspectos físicos, psíquicos, sociais e também espirituais para que a pessoa receba tudo aquilo que for necessário para viver bem, mesmo enfrentando doenças ou outras dificuldades.
O que é a geriatria?
A geriatria é a especialidade médica que atua junto com a área de gerontologia, tendo como principal objetivo promover a saúde, prevenindo e tratando doenças, cuidando da reabilitação funcional e indicando os cuidados paliativos.
Assim como crianças necessitam de um profissional especializado em suas especificidades daquela idade, por exemplo, os idosos também necessitam de um profissional que acompanhem o processo de envelhecimento.
É nesse momento que entra a atuação de um geriatra.
O médico geriatra usa de uma abordagem bem ampla para fazer a avaliação clínica. Isso inclui aspectos psicossociais, escalas e testes. É por esse motivo que a consulta geriátrica, normalmente, demora mais do que uma consulta de outro especialista.
Demências, hipertensão arterial, diabetes e osteoporose são as principais doenças tratadas por um geriatra. No entanto, ele também lida com problemas de diversas causas, como: tonturas, incontinências urinárias e propensão a quedas.
A consulta com um geriatra pode trazer inúmeros benefícios a um idoso, assim como as pessoas que convivem e cuidam dele.
Cuidados paliativos
Os cuidados paliativos são aqueles assistenciais, oferecidos para todos os pacientes que são acometidos para alguma doença que não tenha cura, com o objetivo de fornecer a melhor qualidade de vida, prevenindo e aliviando o sofrimento causado pela doença.
Para que isso aconteça, o paciente deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, que entenda e avalie todos os sintomas físicos, dores, aspectos sociais, psicológicos e espirituais do doente.
Quando o médico identifica que não existe a possibilidade de cura do paciente, os cuidados paliativos se tornam a melhor opção para garantir um fim de vida digno e o mais bem vivido possível ao paciente.