A terceira idade é uma etapa muito delicada da vida.
Além dos problemas de saúde que costumam se manifestar neste período, ele é marcado por drásticas mudanças no estilo de vida: os filhos saem de casa, os amigos começam a falecer e o cônjuge também passa por problemas de saúde.
Portanto, todo o cuidado é pouco quando o assunto são pessoas idosas.
Entretanto, não basta levá-los ao médico periodicamente e certificar-se de que eles estão ingerindo seus medicamentos da maneira certa: mais do que isso, um acompanhamento humanizado de sua situação é imprescindível.
Felizmente, os cuidados necessários não são difíceis de colocar em prática. Confira, a seguir, alguns aspectos importantes a respeito do assunto:
A saúde mental importa
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11% das pessoas que sofrem de depressão são idosos.
Para os especialistas, isso é consequência não apenas de um, mas de vários fatores. Alguns deles são:
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Mudanças químicas no cérebro;
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Redução da renda;
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Isolamento social;
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Perda de entes queridos.
Por conta disso, cuidar da saúde física não é o suficiente: a saúde mental também merece atenção. O convívio social periódico e o carinho dos familiares são de grande ajuda para tal.
Há, contudo, outro aspecto fundamental: a autoestima. Principalmente entre as mulheres, estar bem consigo mesma é algo importante para a saúde mental.
Pode-se até mesmo investir em procedimentos estéticos, tais como o microagulhamento, ou em rotinas como cortes de cabelo, cursos de automaquilagem, manicure e muito mais.
No caso de determinados procedimentos mais invasivos, como cirurgias plásticas, pode ser necessário o aval médico, tendo em vista as particularidades do corpo dos idosos.
A boa notícia é que, atualmente, existem muitas intervenções que agridem menos o corpo, mas que são igualmente eficientes, tais como o tratamento facial com microagulhas.
A tecnologia pode ajudar
Contudo, não são só os procedimentos estéticos que são revolucionados pela tecnologia: são desenvolvidos cada vez mais aparatos que podem ajudar as famílias a tomarem conta de seus idosos.
Normalmente, uma das maiores preocupações dos familiares é que seus entes de terceira idade sofram uma queda ou se sintam mal, mas não tenham como se comunicar com terceiros para pedir ajuda.
Para resolver este problema, é possível investir em soluções de monitoramento remoto, tais como braceletes específicos para tal. Ter um telefone celular sempre à mão também é útil.
Existem males silenciosos
Entre os profissionais da área da saúde, há um consenso de que, quanto antes um mal for diagnosticado, melhor. Isto pois, nos primeiros estágios, boa parte das doenças pode ser combatida com uma certa tranquilidade, evitando sequelas e agravamentos.
Contudo, o problema é que, muitas vezes, os primeiros sinais de problemas sérios não parecem tão graves.
É o caso dos sintomas de infarto: no início, eles podem ser confundidos com males muito menos sérios, como indigestão ou refluxo.
Como os idosos estão no grupo de risco de muitos agravos, é fundamental fazer o máximo possível para que o diagnóstico seja precoce.
Normalmente, isso pode ser feito por meio de um acompanhamento médico periódico.
Acionar um cardiologista para tratar infarto não é suficiente: ele deve ser visto de modo rotineiro, de modo a fazer um check up da saúde cardiovascular da pessoa de terceira idade.
É importante adaptar a residência
Em grande parte dos casos, as famílias mantêm seus idosos vivendo com elas o quanto for possível.
Porém, por mais que ainda haja condições de manter os entes queridos em casa, é preciso tomar medidas no sentido de deixar o lar mais seguro para eles, por meio de adaptações. Algumas delas são:
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Banheiros acessíveis;
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Pisos antiderrapantes;
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Corrimãos nas escadas;
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Cômodos bem iluminados.
Estas ações ajudam a evitar uma dos mais graves problemas que acometem pessoas idosas: as quedas.
As particularidades do organismo de pessoas de idade dificultam a recuperação, que pode levar meses.
A casa de repouso deve ser considerada
Por mais dedicada que a família seja ao cuidado com seus entes queridos, chega um momento no qual sua dependência é total.
Quando chega-se a este ponto, que frequentemente exige atenção especializada 24 horas por dia, o ideal é recorrer a uma casa de repouso.
Apesar do preconceito que ronda tais estabelecimentos, eles não são mais o que costumavam ser.
Atualmente, oferecem atendimento humanizado e dedicado a satisfazer todas as necessidades de seus moradores.
Inclusive, é possível optar por um local do tipo antes mesmo de o quadro se agravar, quando ele ainda tem certa autonomia: a moradia assistida para idosos.
Nelas, eles mantêm sua rotina normal, mas com a supervisão de profissionais, o que reduz o risco de acidentes.